Por que não sabemos tudo Por que não sabemos tudo

Questão 17 – É permitido ao homem conhecer o princípio das coisas?

Por que não sabemos tudo? Entenda o que é necessário para que o conhecimento seja meritório.

Entre o Véu do Mistério e a Luz do Conhecimento

A jornada humana, repleta de questionamentos sem respostas aparente, parece caminhar sobre um fio tênue que separa a compreensão do mistério. Em toda história da humanidade, buscamos respostas para as indagações que afloram da alma e perturbam o espírito. Essa curiosidade é natural do ser humano, mas será que estamos preparado para tais conhecimento? Será que, se nos for apresentado os porquês, compreenderemos em sua essência as respostas? O plano espiritual nos responde que ainda não.

17. É permitido ao homem conhecer o princípio das coisas?

Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.”

o livro dos espíritos – allan kardec

Esta resposta nos lembra que há mistérios na vida que não estamos prontos ou não nos é permitido entender completamente. E no meio de tudo isso, a ciência desempenha seu papel, não como uma rival da espiritualidade, mas como uma companheira na jornada para descobrir o que podemos, usando a razão e a observação para entender melhor o mundo ao nosso redor e, talvez, nos aproximar um pouco mais dos grandes mistérios da vida.

Os Limites do Que Podemos Saber

O limite ao nosso conhecimento não deve ser visto como uma derrota, mas como um convite para sermos humildes e crescermos passo a passo.

As escrituras sagradas, incluindo os ensinamentos de Jesus e muitos outros textos, nos dizem que Deus guardou alguns mistérios só para Si. Jesus mesmo mencionou que nem tudo foi revelado aos homens de sua época. De acordo com o espiritismo, Deus nos mostrará esses segredos divinos quando estivermos espiritualmente prontos para eles.

Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.”

João 16:12

No dia a dia, isso significa que há aspectos da vida que ainda não conseguimos entender, desafios que nos fazem evoluir e virtudes que estão esperando para serem despertadas dentro de nós. Se tivéssemos todas as respostas, será que nos esforçaríamos tanto na busca por crescimento espiritual e moral?

A Revelação Progressiva e a Aceitação da Ignorância

A revelação dos mistérios do Universo segue uma ordem que se assemelha ao amadurecimento do ser humano. Assim como não se ensina física quântica a uma criança que está a aprender os números, o espírito imortal também está submetido a um processo educativo gradual. A racionalidade e a não são antagônicas, mas complementares, sendo necessário equilíbrio entre ambas para que haja progresso real e harmonioso.

Essa perspectiva nos remete à importância de aceitarmos que certas coisas ainda não estão ao alcance de nosso entendimento. É preciso viver com a consciência da ignorância transiente e trabalhar com afinco para ultrapassá-la. A espiritualidade, em suas múltiplas vertentes, oferece caminhos pelos quais podemos trilhar rumo ao aprimoramento de nossa essência, sem, no entanto, ultrapassar os limites que nos foram estabelecidos por uma sabedoria superior.

Conclusão: A Busca Pela Luz no Caminho Espiritual

Embora não seja permitida a revelação integral das verdades divinas neste mundo, cada descoberta, cada compreensão que alcançamos é um degrau na escada evolutiva do espírito. Devemos, então, abraçar nosso estado de aprendizes do Universo, conscientes de que cada lição aprendida expande nossa capacidade de servir a um propósito maior e de nos conectarmos, ainda que timidamente, à vastidão do desconhecido.

Convido-nos a refletir sobre como podemos aplicar este entendimento em nossa busca constante pelo autoconhecimento e evolução espiritual. Que possamos apreciar o caminho, onde as verdades são reveladas na proporção exata de nossa capacidade de assimilá-las e utilizá-las para o bem comum. Assim, mesmo diante do véu que encobre as grandes verdades, seguimos com fé e razão, guiados pela luz da espiritualidade e pelo amor incondicional que Jesus ensinou que nos une ao Criador.

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