Imagine-se olhando para o céu noturno, contemplando o vasto universo e seus inúmeros mistérios. Este exercício de admiração diante da imensidão do espaço nos convida a refletir sobre a efêmera existência dos mundos que habitam o cosmo, assim como a nossa própria transitoriedade. Neste contexto de reflexão profunda, surge uma dúvida que ecoa os anseios e curiosidades mais intrínsecas ao ser humano:
Questão 41 – Um mundo completamente formado pode desaparecer e sua matéria voltar e se espalhar no Espaço?
“Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.”
o livro dos espíritos – allan kardec
Ciclo de Vida dos Planetas
A resposta a esta indagação nos convida a mergulhar em um dos conceitos mais fascinantes e ao mesmo tempo consoladores da doutrina Espírita: o Ciclo de Vida dos Planetas. Tal conceito não somente expande nossa compreensão sobre a continuidade da vida além da matéria como também nos conecta diretamente com a dinâmica do universo, onde tudo está em constante transformação.
No coração desta temática jaz a ideia de que os mundos, assim como os seres vivos, passam por processos de nascimento, evolução e renovação. Este ciclo eterno, administrado pela vontade divina, reflete a magnificência de um planejamento perfeito, onde nada se perde e tudo se transforma.
Ao trazer esse conceito para perto, podemos observar suas raízes nas mais diversas tradições e textos sagrados. No “Evangelho Segundo o Espiritismo”, encontramos ensinamentos que reforçam a ideia de renovação e progresso constante, seja no plano material ou espiritual. Já em “A Gênese”, somos apresentados a narrações que ilustram como os mundos são formados e desfeitos, destacando a ação de Deus nesse processo majestoso.
“Os mundos têm seu nascimento, sua vida e sua morte; mas, como a destruição de um mundo é sempre seguida de uma nova criação, nada se perde: tudo se transforma. A destruição, que parece, a alguns, o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de chegar, por via da transformação, a um estado mais perfeito, porque tudo está submetido à lei do progresso.”
Capítulo VI, “Uranografia Geral”, Item 18 – A Gênese
Não menos importante, a Bíblia em diversas passagens, como em Eclesiastes, nos recorda que tudo tem seu tempo determinado sob o céu.
1 Para tudo há um tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:
2 tempo para nascer e tempo para morrer; tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou;
3 tempo para matar e tempo para curar; tempo para derrubar e tempo para construir;
4 tempo para chorar e tempo para rir; tempo para prantear e tempo para dançar;
5 tempo para lançar pedras e tempo para ajuntar pedras; tempo para abraçar e tempo para se afastar de abraçar;
6 tempo para buscar e tempo para perder; tempo para guardar e tempo para lançar fora;
7 tempo para rasgar e tempo para coser; tempo para calar e tempo para falar;
8 tempo para amar e tempo para odiar; tempo para guerra e tempo para paz.
Eclesiastes 3:1-8
Este ciclo de vida dos planetas de renovação traz consigo profundas implicações para nossa percepção sobre a vida, a morte, e o propósito universal.
Aplicabilidade na Vida Cotidiana
Ao internalizar o entendimento do Ciclo de Vida dos Planetas, somos convidados a refletir sobre nossa responsabilidade enquanto espíritos imortais participantes dessa grandiosa obra divina.
A consciência de que fazemos parte de um sistema em constante evolução nos incentiva a buscar o progresso moral e espiritual, contribuindo assim para a renovação do planeta que habitamos.
Reconhecendo nossa interdependência com a Terra, somos instigados a adotar práticas mais sustentáveis que promovam a preservação e o respeito aos recursos naturais. Este novo paradigma não apenas reflete um respeito pela criação divina, mas também assegura a continuidade do nosso planeta como um lar para as futuras gerações. Ao abraçarmos essa responsabilidade, alinhamo-nos mais estreitamente com os propósitos maiores da criação, contribuindo para um mundo mais equilibrado e harmonioso.